As desinências pessoais são oito:
SINGULAR | | 1.ª pessoa -o 2.ª pessoa -s, -ste 3.ª pessoa – não tem |
| PLURAL | | 1.ª pessoa -mos 2.ª pessoa -is, -des, -stes 3.ª pessoa -m |
|
A 1.ª pessoa do singular não tem desinência, excepto no presente do indicativo, em que é –o. A desinência da 2.ª pessoa do singular é –s, excepto no pretérito perfeito, em que é –ste. A 3.ª pessoa do singular não tem desinência.
A desinência da 1.ª pessoa do plural é sempre –mos. A desinência da 2.ª pessoa é –is, excepto no infinitivo pessoal e no futuro do conjuntivo, em que é –des, e no perfeito, em que é –stes. A desinência da 3.ª pessoa do plural é –m. As formas verbais agudas (irão, procurarão, encontrarão, etc.) e as monossilábicas (são, vão) representam-se por ão em vez de am.
Certas acções, que não são atribuídas a qualquer pessoa gramatical, são expressas na forma da terceira pessoa do singular. Nesse caso os verbos chamam-se impessoais:
Chove hoje.
Troveja.
Há sol.
Quando o sujeito da oração é indeterminado, também se emprega a forma da terceira pessoa do plural:
Batem à porta.
Chamam lá em cima.
Dizem que este ano haverá pouca chuva.
Os verbos variam de forma, conforme exprimem o tempo a que se refere a afirmação, a pessoa gramatical, o número singular ou plural, os diversos modos, e a voz activa ou passiva. Essa variedade de formas constitui a flexão verbal. De todas as palavras da língua portuguesa, as mais flexivas são os verbos.