Quando as formas do verbo exprimem a actualidade do que se afirma, o tempo é o presente, isto é, o que passa:
Eu leio.
Tu estudas.
Ele come.
Quando exprimem que já está completamente realizado o que se afirma, o tempo é perfeito ou pretérito, isto é, passado:
Eu estudei.
Ele comprou um livro.
Ela passeou.
Quando as formas do verbo exprimem factos que hão-de realizar-se no tempo que há-de vir, o tempo é futuro.
O presente, o perfeito e o futuro têm o nome de tempos principais ou primários.
Quando o verbo exprime um tempo em que a acção não estava terminada ou acabada num momento dado, o tempo chama-se imperfeito:
Eu acabava o meu trabalho quando tu passaste.
Quando o verbo exprime um tempo em que a acção já está acabada no momento em que se deu um facto, também já passado quando se fala, esse tempo chama-se mais-que-perfeito:
Eu já lera (ou tinha lido) o livro, quando bateste à porta.
Quando o verbo exprime o tempo em que uma acção não se realizou, mas se realizaria se uma certa condição se tivesse dado, esse tempo chama-se condicional:
Eu sairia, se não chovesse.
Tu virias, se eu te chamasse.
Além dos tempos principais ou primários, há mais outros três tempos chamados secundários ou históricos, e que são, como se viu, o imperfeito, o mais-que-perfeito e o condicional.