Gramática - Os complementos
A palavra ou oração que serve para determinar uma expressão chama-se determinante ou complemento:
A laranjeira dá um saboroso fruto.
O Frederico pediu ao Rui que lhe emprestasse um livro.
O determinante, palavra ou expressão que representa a pessoa, coisa ou animal sobre que recai a acção do verbo transitivo chama-se complemento directo:
Pedro cumprimentou João.
O cavalo puxa a carroça.
O pessegueiro dá pêssegos.
Quebrei o vidro.
Pesquei uma truta.
Comprei um galo.
Na 1.ª oração, João é o complemento directo; na 2.ª é — carroça; na 3.ª — pêssegos; na 4.ª — vidro; na 5.ª — truta; na 6.ª — galo. Geralmente, o complemento directo não é precedido de preposição; mas há casos em que o pode ser:
Amai a vossos pais.
O homem puxou do cacete e deu uma paulada no outro.
A lembrança do mal praticado apoquenta aos bons.
Os bons amigos ajudam-se uns aos outros.
O complemento indirecto determina a pessoa ou coisa sobre a qual vai recair indirectamente a acção significada pelo verbo. Esta determinação é feita por meio da preposição a:
Ofereci um ramo à Inês.
Dei o recado ao António.
Só as formas pronominais me, te, se, nos, vos, lhe e lhes servem de complemento indirecto sem preposição:
Ele deu-me um livro.
Dou-te uma caneta.
Entrego-vos a chave.
Trazei-nos as cadeiras.
O complemento indirecto, quando ocorre no princípio da frase, pode repetir-se sob as formas de pronome pessoal lhe, lhes:
Àqueles marotos não lhes dês nada, pois nada merecem.