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Base XX
Da divisão silábica
A divisão silábica, que em regra se faz pela soletração (a-ba-de, bru-ma, ca-cho, lha-no, ma-lha, ma-nha, má-xi-mo, ó-xi-do, ro-xo, tme-se), e na qual, por isso, se não tem de atender aos elementos constitutivos dos vocábulos segundo a etimologia (a-ba-li-e-nar, bi-sa-vô, de-sa-pa-re-cer, di-sú-ri-co, e-xâ-ni-me, hi-pe-ra-cús-ti-co1, i-ná-bil, o-bo-val, su-bo-cu-lar, su-pe-rá-ci-do), obedece a vários preceitos particulares, que rigorosamente cumpre seguir, quando se tem de fazer em fim de linha, mediante o emprego do hífen, a partição de uma palavra:
1.º São indivisíveis no interior de palavra, tal como inicialmente, e formam, portanto, sílaba para a frente as sucessões de duas consoantes que constituem perfeitos grupos, ou seja2 (com exceção apenas de vários compostos cujos prefixos terminam em b ou d: ab- legação, ad- ligar, sub- lunar, etc., em vez de a- blegação, a- dligar, su- blunar, etc.) aquelas sucessões em que a primeira consoante é uma labial, uma velar, uma dental ou uma labiodental e a segunda um l ou um r: a- blução, cele- brar, du- plicação, re- primir, a- clamar, de- creto, de- glutição, re- grado; a- tlético, cáte- dra, períme- tro; a- fluir, a- fricano, ne- vrose.
2.º São divisíveis no interior da palavra as sucessões de duas consoantes que não constituem propriamente grupos e igualmente as sucessões de m ou n, com valor de nasalidade, e uma consoante: ab- dicar, Ed- gardo, op- tar, sub- por, ab- soluto, ad- jetivo, af- ta, bet- samita, íp- silon, ob- viar, des- cer, dis- ciplina, flores- cer, nas- cer, res- cisão; ac- ne, ad- mirável, Daf- ne, diafrag- ma, drac- ma, ét- nico, rit- mo, sub- meter, am- nésico, interam- nense; bir- reme, cor- roer, pror- rogar, as- segurar, bis- secular, sos- segar, bissex- to, contex- to, ex- citar, atroz- mente, capaz- mente; infeliz- mente; am- bição, desen- ganar, en- xame, man- chu, Mân- lio, etc.
3.º As sucessões de mais de duas consoantes ou de m ou n, com o valor de nasalidade, e duas ou mais consoantes são divisíveis por um de dois meios: se nelas entra um dos grupos que são indivisíveis (de acordo com o preceito 1.º), esse grupo forma sílaba para diante, ficando a consoante ou consoantes que o precedem ligadas à sílaba anterior; se nelas não entra nenhum desses grupos, a divisão dá-se sempre antes da última consoante. Exemplos dos dois casos: cam- braia, ec- lipse, em- blema, ex- plicar, in- cluir, ins- crição, subs- crever, trans- gredir, abs- tenção, disp- neia, inters- telar, lamb- dacismo, sols- ticial, Terp- sícore, tungs- ténio.
4.º As vogais consecutivas que não pertencem a ditongos decrescentes (as que pertencem a ditongos deste tipo nunca se separam: ai- roso, cadei- ra, insti- tui, ora- ção, sacris- tães, traves- sões) podem, se a primeira delas não é u precedido de g ou q, e mesmo que sejam iguais, separar-se na escrita: ala- úde, áre- as, ca- apeba, co- or- denar, do-er, flu- idez, perdo- as, vo-os. O mesmo se aplica aos casos de contiguidade de ditongos, iguais ou diferentes, ou de ditongos e vogais: cai- ais, cai- eis, ensai- os, flu- iu.
5.º Os digramas3 gu e qu, em que o u se não pronuncia, nunca se separam da vogal ou ditongo imediato (ne- gue, ne- guei; pe- que, pe- quei), do mesmo modo que as combinações gu e qu em que o u se pronuncia: á- gua4, ambí- guo, averi- gueis, longín- quos, lo- quaz, quais- quer.
6.º Na translineação de uma palavra composta ou de uma combinação de palavras em que há um hífen ou mais, se a partição coincide com o final de um dos elementos ou membros, deve, por clareza gráfica, repetir-se o hífen no início da linha imediata: ex- -alferes, serená- -los-emos ou serená-los- -emos, vice- -almirante.
1 – No texto oficial, por lapso, “hi-pe-ra-cú-sti-co”.
2 – No texto oficial, por lapso, “ou sejam”.
3 – No texto oficial, por lapso, “diagramas”.
4 – No texto oficial, por lapso, “à- gua”.
Base XLVIII
A divisão silábica, que em regra se faz pela soletração (a‑ba‑de, bru‑ma, ca‑cho, lha‑no, ma‑lha, ma‑nha, má‑xi‑mo, ó‑xi‑do, ro‑xo, tme‑se), e na qual, por isso, se não tem de atender aos elementos constitutivos dos vocábulos segundo a etimologia (a‑ba‑li‑e‑nar, bi‑sa‑vô, de‑sa‑pa‑re‑cer, di‑sú‑ri‑co, e‑xâ‑ni‑me, hi‑pe‑ra‑cú‑si‑co, i‑ná‑bil, o‑bo‑val, su‑bo‑cu‑lar, su‑pe‑rá‑ci‑do), obedece a vários preceitos particulares, que rigorosamente cumpre seguir, quando se tem de fazer em fim de linha, mediante o emprego do hífen, a partição de uma palavra:
1.° São indivisíveis no interior de palavra, tal como inicialmente, e formam, portanto, sílaba para a frente as sucessões de duas consoantes que constituem perfeitos grupos, ou seja1(com excepção apenas de vários compostos cujos prefixos terminam em b ou d: ab‑||legação, ad‑||ligar, sub‑||lunar, etc., em vez de a‑|| blegação, a‑||dligar, su‑||blunar, etc.) aquelas sucessões em que a primeira consoante é uma labial, uma gutural, uma dental ou uma labiodental e a segunda um l ou um r: a‑||blução, cele‑||brar, du‑||plicação, re‑||primir; a‑||clamar, de‑||creto, de‑||glutição, re‑||grado; a‑||tlético, cáte‑||dra, períme‑||tro, a‑||fluir, a‑||fricano, ne‑||vrose.
2.° São divisíveis no interior de palavra as sucessões de duas consoantes que não constituem propriamente grupos (ainda que uma delas se não pronuncie) e igualmente as sucessões de uma ressonância nasal e uma consoante: ab‑||dicar, adop‑||tar, amig‑||dalite, Ed‑||gardo, fac‑||to, op‑||tar, sec‑||tor, sub‑||por; ab‑||soluto, ac‑||ção, ad‑||jectivo, adop‑||ção, af‑||ta, bet‑||samita, íp‑||silon, ob‑||viar; des‑||cer, dis‑||ciplina, flores‑||cer, nas‑||cer, res‑||cisão; ac‑||ne, ad‑||mirável, Daf‑||ne, diafrag‑||ma, drac‑||ma, ét‑||nico, rit‑||mo, sub‑||meter; am‑||nésico, interam‑||nense; bir‑||reme, cor‑||roer, pror‑||rogar; as‑||segurar, bis‑||secular, sos‑||segar; bissex‑||to, contex‑||to, ex‑||citar; atroz‑||mente, capaz‑||mente, infeliz‑||mente; am‑||bição, desen‑||ganar, en‑||xame, man‑||chu, Mân‑||lio; etc.
3.° As sucessões de mais de duas consoantes ou de uma ressonância nasal e duas ou mais consoantes são divisíveis por um de dois modos: se nelas entra um dos grupos que são indivisíveis (de acordo com o preceito l.°), esse grupo forma sílaba para diante, ficando a consoante ou consoantes que o precedem ligadas à sílaba anterior; se nelas não entra nenhum desses grupos, a divisão dá‑se sempre antes da última consoante, quer sejam todas pronunciadas, quer haja alguma que não soe. Exemplos dos dois casos: cam‑||braia, ec‑||tlipse, em‑||blema, ex‑||plicar, in‑||cluir, ins‑||crição, subs‑||crever, trans‑||gredir; abs‑||tenção, antárc‑||tico, arc‑||tópode, disp‑||neia, inters‑||telar, lamb‑||dacismo, sols‑||ticial, Terp‑||sícore, tungs‑||ténio.
4.° As vogais consecutivas que não pertencem a ditongos decrescentes (as que pertencem a ditongos deste tipo nunca se separam: ai‑||roso, cadei‑||ra, insti‑||tui, ora‑||ção, sacris‑||tães, traves‑||sões) podem, se a primeira delas não é u precedido de g ou q, e mesmo que sejam iguais, separar‑se na escrita: ala‑||úde, áre‑||as, ca‑||apeba, co‑||ordenar, do‑||er, flu‑||idez, perdo‑||as, vo‑||os. O mesmo se aplica aos casos de contiguidade de ditongos, iguais ou diferentes, ou de ditongos e vogais: cai‑||ais, cai‑||eis, ensai‑||os, flu‑||iu.
5.° As combinações gu e qu, em que o u se pronuncia, nunca se separam da vogal ou ditongo imediato, do mesmo modo que os digramas gu e qu (ne‑||gue, ne‑||guei, pe‑||que, pe‑||quei), em que o u se não pronuncia: á‑||gua, ambí‑||guo, averi‑||gueis; longín‑||quos, lo‑||quaz, quais‑||quer.
6.° Quando se tem de partir uma palavra composta ou uma combinação de palavras em que há um hífen, ou mais, e a partição coincide com o final de um dos elementos ou membros, pode, por clareza gráfica, repetir‑se o hífen no início da linha imediata: ex‑||‑alferes, mão‑||‑de‑obra ou mão‑de‑||‑obra, serená‑||‑los‑emos ou serená‑los‑||‑emos, sub‑||‑rogar, vice‑||‑almirante.
1 – No texto oficial, por lapso, “ou sejam”.