Nos textos que regulam a ortografia portuguesa, bem como nas gramáticas e prontuários à nossa disposição, não são especificadas regras para o uso dos numerais e dos números em textos.
Em textos de carácter não técnico, é mais frequente a utilização dos numerais (ex.: sete, doze, vinte e quatro) e não dos números (ex.: 7, 12, 24), especialmente se estes forem de grandeza menor. Se estivermos a falar de grandes números ou quantidades (ex.: 428610785), a sua escrita por extenso não é prática e clara, pelo que o recurso à escrita com algarismos é a mais corrente (ex.: o banco tinha 756 321 clientes).

No caso em apreço, e uma vez que não existe deliberação normativa, pode escrever o número em algarismos ou por extenso, mas, qualquer que seja a opção tomada, é importante mantê-la ao longo do mesmo documento ou no mesmo tipo de documentos.
Em muitos casos, nomeadamente em obras de grande envergadura ou em que intervém um grande número de pessoas, como dicionários, enciclopédias, jornais ou revistas, criam-se regras para tornar mais coerente o uso dos numerais, e é muito frequente essas regras aconselharem a grafia por extenso dos numerais até dez e em algarismos quando os numerais são iguais ou superiores a onze.
A título de exemplo, veja-se o texto disponibilizado pelo Público, no seu Livro de Estilo no ponto 1. do artigo Números. Note-se, no entanto, que se trata de indicações de estilo ou de directivas editoriais de um órgão de comunicação, e não de regras que orientem normativamente a escrita.

Ver também: separadores numéricos

Notas

1. As respostas são datadas e escritas segundo a ortografia da norma europeia anterior ao Acordo Ortográfico de 1990.
2. A base do dicionário foi alterada a 1 de Abril de 2009, pelo que as referências em dúvidas anteriores a esta data podem não corresponder ao conteúdo actual.
3. As respostas sobre questões ortográficas são maioritariamente baseadas na norma ortográfica portuguesa de 1945, contendo as respostas mais recentes indicações sobre a ortografia antes e depois do Acordo Ortográfico de 1990.
4. A bibliografia utilizada está disponível aqui.