Número - Plural dos adjectivos e substantivos
Os substantivos e adjectivos que no singular terminam em a, e, i, o ou u formam o plural com o acrescentamento de um s:
Ex.: casa - casas; caiada - caiadas; pá - pás; ameixa sã - ameixas sãs; elefante grande - elefantes grandes; impertinente - impertinentes; contente - contentes; rubi - rubis; rei - reis; fato velho - fatos velhos; pó - pós; filhó - filhós; gato preto - gatos pretos; peru - perus; baú - baús; mau - maus, lacrau - lacraus.
Os substantivos e adjectivos cuja terminação no singular seja em, im, om, um formam o plural com o acrescentamento de um s, mas na escrita o m muda-se em n:
Ex.: homem - homens; armazém - armazéns; origem - origens; botequim - botequins; jardim - jardins; ruim - ruins; bom - bons; tom - tons; som - sons; comum - comuns; álbum - álbuns; atum - atuns.
Os substantivos cuja terminação no singular seja an, en e on formam o plural com acrescentamento de –es:
Ex.: íman - ímanes; espécimen - especímenes; hífen - hífenes; líquen - líquenes; abdómen - abdómenes; cólon - cólones; regímen - regímenes.
Os substantivos e adjectivos cuja terminação no singular é a letra consoante formam o plural com o acrescentamento de –es:
Ex.: mar - mares; particular - particulares; professor - professores; merecedor - merecedores; talher - talheres; doutor - doutores; cortês - corteses; andar - andares; inferior -inferiores; país - países, retrós - retroses; rapaz - rapazes; feliz - felizes; raiz - raízes; inglês - ingleses; paz - pazes; carácter - caracteres.
A palavra carácter pronuncia-se no plural [caratéres], mas escreve-se caracteres.
Os substantivos e adjectivos graves terminados em s ou x têm a mesma forma no singular e no plural:
Ex.: um lápis — dez lápis; um pires — dois pires; um alferes — três alferes; o ourives — os ourives; o cálix — os cálix; flor simples — flores simples; um íbis — os íbis (do Egipto); um oásis — os oásis; um atlas — três atlas.
Também têm a mesma forma no singular e no plural os substantivos: cós, arrais, cais e tais (bigorna de ourives).
Alguns adjectivos e substantivos, que no singular terminam em ão, formam o plural com o acrescentamento de um s:
Ex.: alão - alãos; grão - grãos; sótão - sótãos; órfão - órfãos; irmão - irmãos; aldeão - aldeãos; temporão - temporãos; são - sãos; zângão - zângãos.
Ancião pode ter no plural as formas anciãos, anciães e anciões; alão, as formas alãos, alões, ou alães; aldeão, as formas aldeãos, aldeões, e ainda outra menos usada: aldeães.
Alguns substantivos e adjectivos que no singular terminam em ão formam o plural mudando o ão em ões:
Ex.: botão - botões; limão - limões; perdigão - perdigões; figurão - figurões; furão - furões; soberbão - soberbões; aldeão - aldeões; mandrião - mandriões; comilão - comilões; pinhão - pinhões; ração - rações; coração - corações.
Ancião, vilão, anão e aldeão têm no plural, respectivamente, a forma anciãos, anciães ou anciões, vilãos ou vilões, anãos ou anões, aldeãos ou aldeões.
Alguns substantivos e adjectivos que no singular terminam em ão formam o plural mudando o ão em ães:
Ex.: alemão - alemães; pão - pães; caimão - caimães; cão - cães; capitão - capitães; capelão - capelães; charlatão - charlatães; escrivão - escrivães; tabelião - tabeliães; guardião - guardiães; ancião - anciães; maçapão - maçapães; sacristão - sacristães.
Guardião pode, no plural, ser guardiães ou guardiões. Ermitão, alão e deão podem formar o plural em ães ou ões: ermitães ou ermitões; deães ou deões.
Os nomes que no singular terminam em al formam o plural mudando o l em –is:
Ex.: pardal - pardais; olival - olivais; gramatical - gramaticais; leal - leais; casal - casais; dedal - dedais; postal - postais; prejudicial - prejudiciais; principal - principais; colmeal - colmeais; mineral - minerais.
Fazem excepção as palavras mal, cujo plural é males, real (antiga unidade de moeda portuguesa), cujo plural é réis, e cal, que na linguagem vulgar se emprega somente no singular, mas que pode ser cales ou cais.
Os nomes que no singular terminam em ol agudo formam o plural mudando o –l em –is e tomando acento agudo no o, que fica átono em vocábulos graves ou esdrúxulos:
Ex.: anzol - anzóis; girassol - girassóis; espanhol - espanhóis; rouxinol - rouxinóis; álcool - álcoois; terçol - terçóis; sol - sóis.
Os nomes que no singular terminam em ul formam o plural mudando o –l em –is:
Ex.: paul - pauis; azul - azuis, taful - tafuis.
Exceptua-se cônsul - cônsules.
Os nomes que no singular terminam em el formam o plural mudando o –l em –is, e tomando acento agudo no e se os vocábulos são oxítonos:
Ex.: anel - anéis; papel - papéis; maleável - maleáveis; túnel - túneis; pastel - pastéis; agradável - agradáveis; venerável - veneráveis; cordel - cordéis.
Os nomes que no singular terminam em il formam o plural mudando o –l em –s:
Ex.: funil - funis; peitoril -peitoris; ovil - ovis; redil - redis; ardil - ardis; juvenil - juvenis; gentil - gentis.
Os nomes que no singular terminam em il átono formam o plural mudando o –il em –eis:
Ex.: projéctil - projécteis; volátil - voláteis, débil - débeis; inábil - inábeis; fóssil - fósseis; têxtil - têxteis.
Geralmente, não se usam no plural os nomes próprios, os nomes de metais, de meses, de ventos, e os substantivos abstractos. Contudo, alguns substantivos abstractos têm singular e plural:
Ex.: amizade, perfume, cheiro, afeição, virtude, presença, falta, alegria, tristeza, satisfação.
Alguns substantivos empregam-se mais frequentemente no plural:
Ex.: calças, ceroulas, alvíssaras, andas, núpcias, exéquias.